A Ceia do Senhor: As Confissões de fé e o Pão e Cálice Únicos (Parte 2)

Uma pesquisa na História Protestante quanto a administração da Ceia do Senhor nas Confissões de fé.
Confessionalmente e Historicamente, um cálice ou vários? um pão ou vários?

Verificando nas confissões não reformadas/puritanas

Confissão de Augsburgo, Art. 10
Da ceia do Senhor se ensina que o verdadeiro corpo e o verdadeiro sangue de Cristo estão verdadeiramente presentes na ceia sob a espécie do pão e do vinho e são nela distribuídos e recebidos.

A confissão Luterana também liga o corpo e o sangue ao Pão e o Vinho, na linguagem de unicidade simbólica.
A defesa da Confissão é pela doutrina não do memorial, ou a doutrina reformada da presença espiritual, mas a doutrina da presença física também chamada de presença real de Cristo nos elementos. Assim sob o Pão e vinho que são tomados e distribuídos, um de cada, o sangue de Cristo e o corpo de Cristo, segundo o Luteranismo Confessional são recebidos realmente ou verdadeiramente.

39 Artigos da Religião Anglicana, Art. 28
A Ceia do Senhor não só é um sinal do mútuo amor que deve haver entre os cristãos, mas é também um sacramento da nossa redenção pela morte de Cristo; de modo que, para os que devida e dignamente e com fé a recebem, o pão que partimos é uma participação do Corpo de Cristo; e igualmente o cálice de bênção é uma participação do sangue de Cristo.

A confissão anglicana possui linguagem mais próxima da confissão reformada, embora possa ser discutível de qual ela esteja mais próxima, se de Calvino ou se de Lutero. Aqui há, novamente, uma identificação de unidade para com o simbolismo, “o pão”, identificando não “vários”, mas um único pão que referencia/representa e é (em sentido espiritual ou literal) o corpo de Cristo (que também é unitário), assim como também o cálice, o vinho é um único e o mesmo “cálice da bênção” que referencia/representa e é o sangue de Cristo.

25 Artigos da Religião Metodista, Art 18
A ceia do Senhor
não é um sinal do amor que os Cristãos devem ter um para com com o outro, mas na verdade é um sacramento da nossa redenção pela morte de Cristo; de modo que tais pessoas, certamente, dignamente e com fé, recebem o mesmo, o pão que nós partimos é o Corpo de Cristo, e da mesma forma o cálice da benção é a participação do sangue de Cristo.

Saltando para a Confissão Metodista seguimos com a mesma questão do símbolo ligado a coisa significada também pela sua unidade.
A confissão inicialmente nega a ceia como um ato puramente cerimonial e de caráter comum, mas coloca o seu caráter espiritual ligado a obra vicária de Cristo. E diz que aqueles que recebem com fé, recebem “o pão”, que é colocado como um só pão, que é partido e entregue, e que representa e é (espiritualmente) o corpo de Cristo, seguindo assim um caminho de unidade ao argumentar por um pão único partido. E também quanto ao cálice que é dito ser um só “o cálice da bênção” é a participação do sangue de Cristo, o qual também é um só.

Deixe um comentário