George Gillespie quanto a Teologia dos 2 Reinos: Os 9 Argumentos

George Gillespie | Monergism

Os 9 Argumentos de Gillespie quanto a distinção dos 2 Reinos (Parte 1)

Os argumentos que provam a distinção do duplo reino de Cristo são esses:

Primeiro, um daqueles reinos é acessório e adventício1 ao Filho de Deus, e que, se não fosse, a falta dele não poderia prová-lo não ser Deus, e o outro segue necessariamente da sua Divindade, tanto que sem ele, Ele não seria Deus; são reinos muito diferentes e distintos. Mas o Reino de Cristo como Mediador, e o Reino de Cristo como Ele é o eterno filho de Deus, são assim.
Ergo:2 Se o Filho de Deus nunca tivesse recebido o Ofício de Mediador, e então não tivesse reinado como mediador, ainda assim Ele seria o natural Filho de Deus; porque isto [a seguir] não é uma consequência necessária: Ele é o natural Filho de Deus, portanto Ele é o Mediador; porque Ele tendo sido o natural Filho de Deus, embora Ele não tivesse sido o Mediador, e embora o homem não tivesse sido redimido. Mas se você supõe que o Filho de Deus reina não como Deus com o Pai e o Espírito Santo, de eternidade a eternidade, então você precisa supor que Ele não é o natural e eterno Filho de Deus.

Segundo, um daqueles reinos é próprio e pessoal a Jesus Cristo Deus-Homem; o outro não é próprio e pessoal, mas comum ao Pai e ao Espírito Santo, são reinos muito diferentes e distintos. Mas o Reino de Jesus como Mediador, e seu Reino como Ele é o eterno Filho de Deus, são assim.
Ergo: Esse Reino que Cristo tem como Mediador, por dispensação especial de Deus entregue a Ele, é propriamente e pessoalmente somente dEle: porque nós não podemos dizer que o Pai reina como Mediador, ou que o Espírito Santo reina como Mediador. Mas esse Reino que Cristo tem, como Ele é o eterno Filho de Deus, é o completamente igual em consubstancialidade com o Reino pelo qual Deus o Pai e o Espírito Santo reinam.3

  1. É acidental, adicionado. ↩︎
  2. Assim ↩︎
  3. GILLESPIE, G. Aarons rod blossoming, or, The divine ordinance of church-government vindicated…, p. 194 ↩︎

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