Comentários sobre os Evangelistas

E no dia seguinte, partindo dali Paulo, e nós que com ele estávamos, chegamos a Cesaréia; e, entrando em casa de Filipe, o evangelista, que era um dos sete, ficamos com ele.

Atos 21:8 ACF

Comentário de João Calvino

Os evangelistas, em meu julgamento, eram o meio termo entre os apóstolos e os mestres. Porque ela era uma função próxima aos apóstolos para pregar o evangelho em todo os lugares, e não tinha morada certa; somente o grau de honra era inferior [aos apóstolos]. Pois quando Paulo descreve a ordem da Igreja (Efésios 4.11), ele o faz colocando-os depois dos apóstolos, o que mostra que eles tinham uma posição de ensino dada a eles acima dos pastores, que eram atados a certos lugares.

Comentário de Matthew Henry

Originalmente, ele (Filipe) era diácono, um dos sete que foram escolhidos para servir às mesas (cap 6.5). Ele agora, e já por muito tempo, era evangelista, alguém que trata de plantar e cuidar de igrejas como os apóstolos fizeram e se dedicaram à palavra e a oração; desse modo, ao servir bem como diácono adquiriu para si uma boa posição; e tendo sido fiel sobre o pouco, foi colocado sobre o muito.

E ele mesmo deu uns para apóstolos, e outros para profetas, e outros para evangelistas, e outros para pastores e doutores,

Efésios 4:11 ACF

Comentário de João Calvino 

Próximos a eles [apóstolos] estão os Evangelistas, que eram diretamente próximos na natureza do seu ofício, mas possuíam um nível inferior. Dessa classe pertencia Timóteo e os demais; porque, enquanto Paulo menciona junto com ele mesmo nas saudações das epístolas, ele não fala como se fossem companheiros no apostolado, mas clama este título como particularmente seu.
Os serviços nos quais o Senhor os empregou foram auxiliares aos daqueles dos apóstolos, para quem eles eram os próximos na classificação.

Comentário de David Dickson

Ele, em parte mostra como Cristo cumprium todas as coisas, ao nível que é suficiente ao seu propósito, por enumerar muitas ordens de Ministério Eclesiástico, alguns temporários e extraordinários como Apóstolos, Profetas e Evangelistas, ordenados para a imposição dos fundamentos de todas as Igrejas; e alguns ordinários e perpétuos, como Pastores e Mestres, instituídos para a continuidade da Igreja.

Comentário de Matthew Henry
Os ministros que Cristo deu à sua igreja eram de dois tipos — os extraordinários, investidos de um ofício superior na igreja: tais eram apóstolos, profetas e evangelistas. Os apóstolos eram os dirigentes. Cristo os investiu com os dons extraordinários, poder para operar milagres e uma infabilidade para anunciar sua verdade. Tendo eles sido testemunhas dos seus milagres e doutrina, Ele os enviou a espalhar o evangelho e a implantar e governar igrejas. Os profetas expunham os escritos do Antigo Testamento e prediziam coisas do futuro. Os evangelistas eram pessoas ordenadas (2 Tm 1.6) que os apóstolos levavam como companheiros de viagem (Gl 2.1), e os enviavam para estabelecer igrejas que eles, os apóstolos, tinham implantado (At 19.22). Os evangelistas não estavam presos a nenhum lugar específico; por isso, deveriam continuar o seu trabalho até que fossem chamados de volta ( 2 Tm 4.9).

Comentário de John Gill

Pelos que eram assim designados, não tanto quanto os escritores dos Evangelhos, como Mateus, Marcos, Lucas e João, alguns dos quais eram também apóstolos e pregadores do Evangelho, e que não eram distintos dos ministros ordinários; eles estavam abaixo dos apóstolos, e estavam acima dos pastores e mestres, eles eram os companheiros dos apóstolos e assistentes deles, e subservientes a eles no seu trabalho, tal como Filipe, Lucas, Titus, Timóteo e outros, eles não eram ministros fixos e estabelecidos em nenhum lugar, como os ofícios seguintes, mas eram enviados aqui e lá como os apóstolos achassem melhor.

Por cujo motivo te lembro que despertes o dom de Deus que existe em ti pela imposição das minhas mãos.

2 Timóteo 1:6 ACF

Matthew Henry

Despertar ou avivar como o fogo no meio das brasas. Aqui significa todos os dons e graças que Deus tinha dado a ele, para qualificá-lo para a obra de evangelista. Dons do Espírito Santo, dons extraordinários que foram conferidos pela imposição de mãos do apóstolo. 

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